sexta-feira, 22 de agosto de 2008

O momento tão aguardado...

Meus amigos,
pouco passava das 18h de hoje (20080821) quando a minha Carmecita me ligou, pensei que me ia perguntar a que horas eu ia chegar a casa...Mas não!
A mensagem era outra...era a pedir a minha presença! Era a informar-me que a tão aguardada hora estava agora mais perto que nunca.

Levantei-me num ápice (bem com o peso que tenho não foi bem assim....mas achei que ficava bem na frase) e pus-me a caminho...tinha agora 60 loooooooongos minutos para chegar a Setúbal. Quando lá cheguei a minha Carmecita já estava no hospital e a ser acompanhada pelos médicos.

Esperei cerca de 1:30 e pude falar com ela...entreguei-lhe aquela que será a primeira roupinha do nosso bébé e o kit para recolha das celulas estaminais.
Estive alguns momentos com ela...pareceu-me serena (na medida do possivel) e animada. Devo dizer que fiquei hiper orgulhoso da minha Carmecita.

Devo desde já salientar que as enfermeiras e assistentes do Hospital de Setúbal foram excelentes, de uma simpatia e disponibilidade sem limites, que sejam assim até ao fim.

Pediram-me que me retirasse e que quando a Carmecita passasse para a sala de partos que me telefonariam...

Vim até casa...estive cá cerca de uma hora mas voltei...os meus sogros quiseram ir comigo. Quando lá cheguei 23h uma das simpaticas enfermeiras reconhceu-me, dirigiu-se a mim e disse... "Ela está bem...não se preocupe que está tudo bem,...mas ainda vai demorar...ainda tem muito pouca dilatação....vão descansar."

E cá estou a tentar descansar... Agora...será que quando disse descansar seria expectável que eu dormisse?!??! não me parece. Vamos ver as pŕoximas horas.

Quando tiver novidades e oportunidade deixarei aqui...

Abraços e Beijos para quem de direito.

Eu

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Fala do Homem nascido

Venho da terra assombrada,
do ventre de minha mãe;
não pretendo roubar nada
nem fazer mal a ninguém.

Só quero o que me é devido
por me trazerem aqui,
que eu nem sequer fui ouvido
no acto de que nasci.

Trago boca para comer
e olhos para desejar.
Com licença, quero passar,
tenho pressa de viver.
Com licença! Com licença!
Que a vida é água a correr.
Venho do fundo do tempo;
não tenho tempo a perder.

Minha barca aparelhada
solta o pano rumo ao norte;
meu desejo é passaporte
para a fronteira fechada.
Não há ventos que não prestem
nem marés que não convenham,
nem forças que me molestem,
correntes que me detenham.

Quero eu e a Natureza,
que a Natureza sou eu,
e as forças da Natureza
nunca ninguém as venceu.

Com licença! Com licença!
Que a barca se fez ao mar.
Não há poder que me vença.
Mesmo morto hei-de passar.
Com licença! Com licença!
Com rumo à estrela polar.

António Gedeão